FILME “CONTRABANDO” OFICIALMENTE LANÇADO


Com a presença de um grande público, estima-se que aproximadamente 1000 pessoas, na noite de sábado (11) estreou oficialmente o filme Contrabando. Quem participou pôde assistir, em primeira mão, o filme que retrata a lida do “chibo”, como é conhecido na fronteira.

A cerimônia de lançamento dessa produção costeira, em sua maior parte realizada em Porto Xavier, obra do estudante de cinema João Pedro Gottardo, aconteceu às margens do Rio Uruguai, no Mirante do Porto de Porto Xavier e contou com a presença do Prefeito Gilberto Menin, de várias autoridades do município, e, como não poderia deixar de ser, dos personagens e colaboradores dessa obra.

Em sua manifestação o Prefeito Menin parabenizou os produtores e colaboradores desse grandioso filme, que está contando essa rica história Brasil a fora, levando consigo o município de Porto Xavier.

 

Sobre a produção…

A direção do filme Contrabando é assinada por João Pedro, que também foi um dos três roteiristas da obra, junto com Carlos Omar Vilella Gomes e Gabriel Ramos. Esse projeto foi realizado através do Edital Criação e Formação Diversidade das Culturas, da Fundação Marcopolo, financiado com recursos da Lei nº 14.017/20.

O filme conta a história de causos e canções que compõem parte do folclore dos ribeirinhos, tendo como plano de fundo o Rio Uruguai. Contrabando narra a história de Daniel e Santiago, dois chibeiros que perambulam entre Brasil e Argentina em busca da sobrevivência.

Trata-se de um conto costeiro, homenageando a vida e a cultura desse local, expressado por imagens e pela música. É produto de um intenso trabalho de campo e inúmeras conversas com pessoas que viveram dessa atividade, muitas, inclusive, cujo sustento familiar era proveniente do chibo.

A concretização desse projeto foi possível graças ao olhar sensível da produção, ao envolvimento da comunidade e ao trabalho de muitos não-atores. O projeto cola realidade à ficção, com personagens saídos da vida e interpretados por não atores (a única exceção foi o ator Guilherme Suman). “Observamos atuações verossímeis de gente sendo gente, não-atores atuando ou figurando como registro artístico e documental em seu contexto” (Guilherme Suman).

Parabéns a todos! Aos jovens talentos, em especial João Pedro, à participação e envolvimento da comunidade, a todos que se engajaram. É maravilhoso vermos expressada, com tamanha força, a história da nossa gente. Esse filme é a prova viva da importância da cultura e do envolvimento comunitário para nosso crescimento enquanto seres e enquanto comunidade.